𝗢 𝗘𝗻𝘀𝗶𝗻𝗼 𝗱𝗲 𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗲𝗺 𝗟𝘂𝗰𝗮𝘀 𝟭𝟭: 𝗢𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼, 𝗥𝗲𝘃𝗲𝗹𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗖𝗼𝗻𝗳𝗿𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝘀 𝗧𝗿𝗲𝘃𝗮𝘀

 

Rompa com a Bolha do Sistema Religioso

Hoje, vamos refletir sobre o Evangelho de Lucas, escrito por um médico grego e discípulo de Cristo. No capítulo 11, encontramos a parábola da candeia, que nos convida a uma introspecção sobre as nossas intenções e motivações.

A Luz Interior

          A parábola nos faz questionar se a força que nos move é luz ou trevas. Muitas vezes, buscamos sinais externos, mas não percebemos que o que realmente precisamos é ampliar nossa percepção e capacidade de ver com olhos espirituais. A luz de Cristo e da Sua Igreja, representada pelas pessoas com bons olhos, jamais será apagada e continuará a brilhar, oferecendo o dom da Salvação a todos.

O Modelo de Oração

          Jesus propõe um modelo de oração aos apóstolos e discípulos, baseado na adoração sincera e na intimidade com Deus. Ele nos ensina a orar de forma conversacional, expressando carinho e respeito, como uma criança amorosa e obediente tem com seu pai. A palavra "Abba", usada por Jesus, é um termo aramaico que significa "papai" ou "paizinho querido", demonstrando a intimidade e o amor que devemos ter por Deus.  Jesus apresenta um modelo de oração aos apóstolos e discípulos, caracterizado pela adoração sincera e pela intimidade com Deus. Eles observavam a prática devocional e a disciplina espiritual de Jesus e desejavam aprender a se comunicar com Deus de forma igualmente profunda.

          Essa reflexão nos convida a avaliar nossa própria relação com Deus e a buscar uma adoração mais sincera e íntima. Ao entender a luz de Cristo e a importância da oração conversacional, podemos fortalecer nossa fé e testemunhar a luz de Deus ao mundo.

Uma Conversa com Deus

          Nesse modelo, Jesus propõe uma abordagem conversacional, em vez de uma reza repetitiva ou um mantra. Ele nos ensina a orar com a mesma intimidade, carinho e respeito que uma criança amorosa e obediente tem com seu pai.

A Palavra "Abba"

          Jesus utiliza a palavra "Abba", que em aramaico significa "papai" ou "paizinho querido". Essa expressão denota um sentimento de amor e intimidade, e não uma diminuição da grandeza de Deus. Pelo contrário, revela o verdadeiro sentimento que um Pai Amoroso tem por seus filhos.

 Adoração Sincera

          Ao usar a palavra "Abba", Jesus destaca a importância da adoração sincera, em contraste com a religiosidade superficial. Ele nos convida a experimentar a oração como uma conversa amorosa com Deus, cheia de intimidade e respeito.

O Formalismo Religioso

Um termo utilizado pelos líderes religiosos da época de Cristo era "Abinu", seguido de expressões que se referiam a Deus no céu. Essa prática era um protocolo formal que criava uma barreira entre os humanos e Deus, colocando-O em uma posição quase inacessível.

Influência Paga

Essa abordagem se assemelha às práticas religiosas pagãs, que utilizavam sacrifícios, autoflagelos e mantras intermináveis para tentar obter a atenção e o favor dos deuses. Essa barganha religiosa é uma prática que persiste até hoje.

Contraste com a Intimidade com Deus

Em contraste, a abordagem de Jesus destaca a intimidade e o amor que podemos ter por Deus, sem a necessidade de formalismos ou rituais excessivos. A palavra "Abba" (papai) usada por Jesus enfatiza a relação pessoal e amorosa que podemos ter com Deus, livre de protocolos e formalidades desnecessárias.     Após Jesus validar que podemos chamar Deus de Pai, seus discípulos e apóstolos deveriam não só o chamar, mas também reconhecer Pai Celeste como seu Senhor, assim eram os nomes naquela época, nos revelavam o caráter das pessoas, a sua maneira de pensar e agir, suas filosofias de vidas, e Jesus tinha esse papel de mudar as vidas, mudava os nomes, e alterava completamente ao tornarem seus seguidores.

O Caráter de Deus Pai

Deus Pai é o Criador que dá origem à vida dos homens. Ele é ao mesmo tempo "paizinho" amoroso e Senhor Justo- Amor e Justiça. Essa dualidade de caráter merece nossa reverência profunda, expressa em atitudes e ações que refletem nossa filosofia cristã.

A Oração do Pai Nosso

Na oração do Pai Nosso, pedimos que o Reino de Deus, caracterizado pelo amor e pela justiça, se estabeleça na terra. Em seguida, reconhecemos a provisão divina do sustento diário e eterno, expressando gratidão pela obra de Deus em nossas vidas.

Trabalho e Provisão

Ao trabalhar e buscar o sustento, não apenas nos esforçamos para sobreviver, mas também para glorificar ao Senhor. Nesse sentido, nosso trabalho se torna um testemunho ao mundo da bondade e provisão de Deus (Jo 6:35; Pv 30:8 e Ap 19:9).

O Pecado e a Dívida

O pecado é visto como uma dívida que precisa ser paga ao Deus Criador. Tudo o que somos e temos pertence a Ele, e a desobediência é considerada um roubo dos direitos de Deus, deixando-nos em dívida (pecado). No entanto, Deus nos proporciona sustento diariamente.

Perdão e Vida Cristã

Na filosofia cristã, é fundamental estar disposto a perdoar nossos irmãos e irmãs diariamente. Viver a vida cristã envolve seguir o padrão de perdão estabelecido por Deus.

Tentação e Prova

A palavra grega "peirasmos" se refere a um teste ou prova. Deus não tenta ninguém para o mal, mas nos prova para sermos aprovados ou reprovados. Jesus nos alerta para estarmos atentos aos perigos e ciladas do inimigo, para que possamos superar as provas e viver de acordo com a vontade de Deus.

A Estratégia do Inimigo

O objetivo do inimigo é persuadir-nos a viver abaixo do padrão moral de Deus, com o intuito de nos condenar. Ao fazer isso, ele busca neutralizar nossa missão de dar testemunho e implementar o Reino de Deus no mundo.

Neutralizando a Missão

Ao nos levar a viver de forma contrária aos princípios de Deus, o inimigo procura impedir que cumpramos nosso propósito de refletir a glória de Deus e avançar Seu Reino na terra.

A Rejeição de Jesus

Jesus veio à terra, se revelou como Rei e Messias, mas os homens com corações duros e cheios de trevas, motivados pela ganância e pelo poder, O rejeitaram, torturaram e mataram.

O Poder de Jesus

Neste capítulo, Jesus expulsa um demônio, mas os líderes religiosos atribuem seu poder aos demônios. Eles pedem sinais a Cristo, mas não reconhecem os sinais que Ele lhes dá. Um desses sinais é a ressurreição, que é comparável ao episódio de Jonas, que ficou 3 dias no ventre da baleia. Jesus ficou 3 dias morto antes de ressuscitar, demonstrando Seu poder sobre o mal.

A Casa Dividida

Jesus destaca que uma casa dividida não prospera. Os demônios não lutam entre si, mas os homens sim. Isso mostra a incoerência da acusação dos líderes religiosos, que não reconhecem a autoridade e o poder de Jesus.

A Bênção de Receber e Praticar a Palavra de Deus

Depois de ensinar sobre a oração, a tentação e a atuação dos demônios, Jesus destaca a felicidade dos que recebem a Palavra de Deus, que é Ele mesmo, as Boas Novas. Ele abençoa aqueles que não apenas ouvem a mensagem salvadora, mas também a praticam, tornando-se assim participantes do Seu corpo espiritual. Como enfatiza Tiago 1:22, "Sede praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos."

Denúncia da Hipocrisia

Ao mesmo tempo, Jesus denuncia a hipocrisia e dirige um "ai" aos doutores da Lei, que não vivem de acordo com o que ensinam. Ele enfatiza a importância de ser coerente entre a fé professada e a vida praticada.  

A Crítica à Hipocrisia Religiosa

O ensino de Jesus revela que os líderes religiosos priorizam rituais, leis, dogmas e tradições em detrimento do amor sincero ao próximo e das práticas de solidariedade e cooperação. Eles se comprazem em ser servidos, enquanto seus atos de purificação se limitam a aspectos externos.

A Verdadeira Purificação

Em contraste, Jesus destaca que a verdadeira purificação vem de dentro para fora. Ele afirma: "Portanto, dai ao necessitado o que está dentro do prato, e vereis que tudo vos será purificado" (Lucas 11:41). Isso significa que a purificação genuína se manifesta através da compaixão e do compartilhamento com os necessitados, demonstrando que a verdadeira santidade está ligada à prática do amor e da generosidade.       

A Hipocrisia dos Líderes de hoje

Os líderes religiosos e políticos muitas vezes negligenciam e usam da demagogia, apresentando um discurso que não condiz com suas atitudes. Eles falam do que não praticam, exortando o povo a seguir exemplos de humanidade e projetos sociais que eles próprios não vivem.

Lobos na Pele de Cordeiros- Falsos Lideres

Contraste com a Atitude de Zaqueu

Enquanto isso, Zaqueu, em Lucas 19:8, é um exemplo de alguém que mudou sua conduta ao encontrar Jesus. Ele disse: "Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado". Essa atitude de Zaqueu destaca a diferença entre a verdadeira mudança de coração e a hipocrisia dos líderes que não praticam o que pregam.        

A Impureza Moral dos Líderes Religiosos

A atitude dos mestres e fariseus, conhecidos como "os separados" em aramaico, nos leva a refletir sobre as dimensões de maldição que podem afetar os líderes religiosos. Eles podem carregar três tipos de maldições:

1. Priorizam normas religiosas acima de Deus: Colocam as normas e estatutos religiosos acima da relação com Deus (1 Coríntios 16:22) e da justiça que vem Dele (Filipenses 3:9).

2. Buscam elogios humanos acima da glória de Deus: Valorizam mais a honra e os elogios das pessoas do que a glória de Deus (João 12:43).

3. Contaminam ao invés de conduzir a Cristo: Em vez de levar os outros a Cristo, contaminam seus semelhantes, negando-lhes o acesso à Verdade e à Salvação (Hebreus 12:15; Tiago 5:19-20). Isso destaca a importância de os líderes religiosos refletirem a justiça e a glória de Deus em suas vidas e ministérios.    

A Conduta dos Líderes Religiosos

Eles negam o acesso ao Evangelho, disseminando medo e culpa nas pessoas. Dentro de suas denominações, criam regras e leis que obscurecem a verdade, em vez de trazê-la à luz. Isso resulta em uma teologia de confusão e embaraço, que nega o acesso ao conhecimento e não é transparente.

Criação de Regras e Privilégios

Eles criam atalhos legais e normas especiais, como áreas VIP para os ricos, para se safarem incólumes da necessidade de cumprir as leis que impõem aos outros. Agem como demagogos, usando de artifícios para manter o poder e a influência.

Hipocrisia em Relação aos Profetas

Embora professem honrar a memória dos profetas, na prática rejeitam a Cristo e os necessitados. Isso demonstra a hipocrisia e a falta de coerência entre o que pregam e como vivem. Essa conduta é condenada nas Escrituras, que alertam sobre os líderes que não praticam o que pregam e que colocam obstáculos no caminho das pessoas (Mateus 23:13-15; Lucas 11:43-52). Os líderes religiosos que ensinavam na sinagoga e no templo foram os mesmos que tramaram a morte de Cristo. Essa atitude se reflete nos dias de hoje, quando vemos líderes religiosos que excluem e disseminam o engano no meio do povo, negando o acesso à verdade e priorizando o amor ao dinheiro ("Mamon") e ao poder.

O "Ai" de Jesus

Diante disso, Jesus dirige um "ai" a esses líderes, condenando sua hipocrisia e falta de compaixão. Como registrado em Mateus 23:13-36 e Lucas 11:37-54, Jesus critica severamente os fariseus e escribas por sua atitude hipócrita e opressora. Essas passagens bíblicas nos alertam sobre os perigos da hipocrisia e da busca pelo poder e riqueza, e nos chamam a refletir sobre a autenticidade de nossa fé e prática religiosa.

Considerações

Convido-te, Libertando-se das Cadeias da Hipocrisia Religiosa, a romper as barreiras da bolha religiosa e a pensar de forma independente. Não permita que conceitos, normas e dogmas criados por homens te aprisionem. Liberta-te das garras da ganância e luxúria dos líderes que te conduzem ao pecado e ao engano. Desmascarando a Hipocrisia desses líderes que te ensinam a amar o dinheiro e distorcem o verdadeiro sentido das bênçãos e da intimidade com Deus. Eles usam práticas como o dízimo e rituais da Santa Ceia para confundir e trazer medo e culpa, adoecendo as mentes humanas. Leia a Bíblia, buscando a verdade, com discernimento e, se necessário, procure um discípulo honesto de Deus para te guiar. Fuja de tradições e rituais que não foram praticados por Jesus. Busque o autoconhecimento e o entendimento do Evangelho de Cristo, libertando-se das amarras da hipocrisia e encontrando a verdadeira liberdade espiritual.

 

“Ai de vós, advogados da Lei! Porque vos apropriastes da chave do conhecimento. Contudo, vós mesmos não entrastes nem permitistes que entrassem aqueles que estavam prestes a entrar”. A trama para matar Jesus tem início” Lucas 11:52.

"A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se imaculado do Mundo” Tiago 1:27.

 

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